Imagem retirada de br.olhares.com |
Ao sair da sala de "pequenas cirurgias", vejo uma senhora que, em seus quase quarenta anos e porte contrito, aguardava a sua vez de ser atendida. Estava junto a uma criança, um menino que não tinha ainda dez anos e estava na maca, de olhos inchados e arroxeados fechados serenamente. Interroguei a senhora sobre o que tinha acontecido àquela criança e, quando começou a falar sobre o atropelamento, irrompeu em um choro convulsivo. Depois de dado o seguimento do caso, fiquei observando aquela senhora: mão sobre mão e o toque delicado no rosto daquele ser frágil, uma mulher chorando a dor do seu filho, o medo de perdê-lo...
Amor maternal é mesmo algo além da nossa compreensão, e não precisa necessariamente ser entre mãe-filho. O amor a que me refiro é este que quer acolher, confortar; é este amor que foge a nossa razão e quaisquer que sejam as explicações, estas são irrelevantes por não conseguir traduzi-lo.
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