Imagem retirada de http://downloads.open4group.com |
Era uma aula de campo sobre a História da Medicina e fomos visitar uma famosa instituição da cidade: Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, completando (em 2011) seus 150 anos. Não chegamos a entrar, mas nos foram discorridas as situações que ocorreram ali durante sua longa história e as riquezas de seus arredores, onde se localiza uma importante praça da cidade - o Passeio Público. Ao passo que o professor contava que a Santa Casa fora construída de frente para o mar (que, como acreditavam, sanaria as impurezas do ambiente levando-as para longe), me peguei refletindo A NOSSA PEQUENEZ ANTE A GRANDEZA QUE É A VIDA. OU MELHOR, AS VIDAS! Assim, ficou-me muito claro naquele instante que tratamos pessoas, e não suas doenças. Sacal? Talvez! Mas nem por isso deixa de ser verdadeiro.
Costumamos, enquanto estudantes e/ou profissionais da saúde, ver nossos locais de trabalho e seus frequentadores como salas desarrumadas e máquinas quebradas, nesta ordem. Esquecemos, porém, que suas vidas não são aquelas doenças e que o que importa não é somente aquele momento. A Santa Casa completa 150 anos e quantas histórias fizeram-na chegar ao que é! Quantas pessoas não olharam por suas janelas, vislumbrando o mar e desejando apenas que aquela fase de doença passasse para cuidar do filho, ralhar o marido, sorrir com os amigos...
SOMOS SERES COMPLETOS, MULTI-FACETADOS. MAS NÃO SOMOS O CENTRO DO UNIVERSO. SOMOS UM PEDAÇO DESTE. Apenas nossa arrogância não nos permite conviver bem com essa verdade!
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