Imagem: regionalilheus.blogspot.com |
A senhora já estava sendo atendida. Claramente desconfortável naquela maca, e sentindo dores, ela procurava algo para se distrair: começou a conversar. Como eu não estava fazendo o procedimento, pude lhe dar a atenção de que precisava para ignorar que estavam mexendo em seus ferimentos. Ela começou então a contar uma história...
Seu filho, pouco tempo após nascer, ficara doente, mas ninguém conseguia dizer o que ele tinha. Várias visitas em hospitais e vários dias se passaram, e nada de diagnosticar, muito menos dizer de que ele padecia. Seu estado de saúde piorava e ela estava desesperada com a morte iminente de sua criança. Foi quando, em mais uma visita aos médicos, um estudante (interno) olhou com outros olhos para aquele caso. Ele sugeriu que fosse solicitada um tomografia, ao que se diagnosticou abscesso cerebral.
Ela contou que ainda hoje sofre levando seu filho para se tratar, pois ainda não está completamente curado. Mas disse também que será eternamente grata àquele que olhou para seu problema e mostrou-lhe um caminho a ser seguido. E completou dizendo que muitas vezes as pessoas não querem ser atendidas por médicos novinhos (se referindo à nós, estudantes), porém ela sabia que foi um desses novinhos que a ajudou.
AO TERMINAR O PROCEDIMENTO, AGRADECEU BASTANTE E EU FIQUEI COM A SENSAÇÃO DE QUE, AINDA COMO ESTUDANTES, PODEMOS SEMPRE OFERECER ALGO A QUEM ESTÁ PRECISANDO.
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