Imagem retirada de: roselymsilveira.blogspot.com |
- Fulano nasceu com quantos quilos? E Sicrano?
- O parto foi normal?
- Como você dá banho neles, mãezinha?
Ela respondia a um e outro com uma propriedade de sua situação impressionante. Conhecia todos os detalhes de seus filhos e aparentava um zelo extremista. Lá pelas tantas, ao ser inquerida o porquê de tomar determinada atitude em relação aos filhos ela simplesmente respondeu "Faço assim porque eu quero!".
Quando a professora entrou na sala, A PACIENTE OLHOU-A E DISSE "MAIS GENTE PRA ASSISTIR!?". A professora falou que era necessário, explicou a situação, dizendo tratar-se de um hospital universitário, etc, etc. Continuou conversando com ela ao passo que nos veio a revelação que mudou completamente o ponto de vista sobre as atitudes desta senhora. Tratava-se de uma paciente com possível diagnóstico de AIDS e que temia pela saúde dos seus filhos.
Tudo passou a fazer sentido e nós, como humanos, pecamos por julgar antes de entender. Após o atendimento, quando ficamos apenas professora e alunos, aquela nos disse da primeira impressão negativa e como ela havia se enfurecido pela postura hostil da paciente; e que agora ela reconhecia também seu erro em julgar precipitadamente. É muito mais fácil para todos incomodar-se com a "grosseria" sem no entanto procurar motivos para isso. Essa é mais uma lição que me vai ficar: ESTAMOS CONFORTÁVEIS EM NOSSO MUNDO, MAS AS PESSOAS QUE CHEGAM A NÓS TÊM SUAS VIDAS E SEUS SOFRIMENTOS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se a vontade para expressar o que quiser, de forma que isso acrescente algo de valioso ao blog: o seu pensamento!