Maria e Jesus |
Ao entrarmos na sala (era uma sala aberta, porta escancarada, funcionários que entravam e saiam) a mãe-adolescente já estava em intenso trabalho de parto. A dor estava estampada no rosto daquela moça e a barriga era quase do seu tamanho. Ao seu lado, a mãe segurava sua mão enquanto a mãe-adolescente gritava um grito preso na garganta - quase um urro! A médica era nova, residente, e a outra que lhe auxiliava também. Nosso grupo ficou perto da porta, logo na entrada, como se estivéssemos prontos para fugir a qualquer momento. NOS NOSSOS ROSTOS AQUELE PÂNICO DE "ESTOU AQUI E NÃO POSSO FAZER NADA"! Ao fim do parto, depois de uma "luta" muito intensa da residente contra o sangue que lhe respingava na roupa e no rosto(!), finalmente a mãe-adolescente pôde relaxar... o pai do bebê não estava ali, mas a mãe fazia papel do pai ausente e o dela própria!
Quando finalmente voltou a respirar sem entrecortar a respiração, olhou-nos na porta. Éramos quase dez, e ela fez um olhar de espanto. Perguntou quem era "esse povo todo" e disse nos disse que saíssemos. Claro que eu não fiquei chateada por isso, fiquei mais envergonhada por lhe roubar a privacidade. Mas aquele momento me marcou bastante...
À semelhança de Nossa Senhora, AQUELA MOÇA HUMILDE PASSAVA POR UM IMPORTANTE MOMENTO EM SUA VIDA. Outros parto virão, mas cada um trará um momento especial... Meus votos são de felicidade nesse Natal que se aproxima, para você e sua família e para as "milhares de Marias", santas ou não, mas que passam/passaram por essa emoção!
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